sábado, 27 de agosto de 2022

Uma discussão sobre a decadência do Ocidente

 


A decadência ocidental e suas implicações políticas e intelectuais

 

Por José Alexandre Altahyde Hage (*)

 

Saber se o Ocidente, Europa e Estados Unidos estaria mesmo em declínio cultural, político e econômico é tarefa que não se consegue obter em poucas linhas. O intuito da reflexão é somente contribuir com o debate que ainda permanece, sobretudo em virtude da guerra entre Rússia e Ucrânia, bem como do assédio da China sobre Taiwan nas últimas semanas. As potências ocidentais teriam ainda vigor para fazer valer seus princípios que as expressavam, mesmo estando em lugares distantes, da mesma forma que fora a partir da Segunda Guerra Mundial? Entre 1918 e 1924 o estudioso alemão Oswald Spengler publicou livro com provocante nome. A obra A Decadência do Ocidente, (dois volumes) a fazer jus ao título, procura profetizar o fim do mundo ocidental, a começar pela Europa, como centro dinamizador (e hegemônico) da política mundial. Livro de leitura árdua, pois versa sobre arquitetura, política, artes em geral etc., sugere que o declínio do Oeste se daria por algo paradoxal: o excesso de conforto material que resultaria do progresso econômico e tecnológico.

Em outras palavras, o mundo ocidental perderia vigor, à primeira vista, pela facilidade de sobrevivência para a(o) cidadã(o) média(o). O(a) homem/mulher em sociedade não mais precisaria sair a campo para enfrentar feras ou intempéries para obter boas quantidades na produção agrícola e na pecuária. O progresso técnico, acelerado na Era Contemporânea, deu à sociedade humana um rol de avanços que só cresceu no século XX, sobretudo após a Segunda Guerra mundial.

Avanços na medicina, a começar com vacinas contra doenças que eram mortais há algumas décadas, na agricultura, por meio da revolução verde que deu produtividade a áreas de pouco interesse, caso do cerrado brasileiro, e demais progressos, que permitiram bem-estar social, são marcantes na cronologia socioeconômica da Europa Ocidental, dos Estados Unidos e observáveis em partes “ocidentalizadas” da Ásia do Leste, como Coreia do Sul, Cingapura e Japão.

É fato que a distribuição desses prêmios não se tornou universal, como esperado. Muitas áreas do Hemisfério Sul, África e América Latina não foram contempladas. Isso contraria a premissa de que o mundo vive em uma dinâmica única, na qual todos os países teriam as mesmas vantagens e dificuldades no campo da economia e da tecnologia. Ainda que possa ser controverso, pode-se encontrar partes da Índia e África, por exemplo, que dependem da queima de madeira ou de estercos para obter calor, ao passo que a Europa Ocidental milita para substituir a energia nuclear para dar espaço ao green power, combustíveis renováveis. Isso sem mencionar o uso da internet por banda larga, cujo uso continua desigual no Globo.
Assim, podemos observar que o outono ocidental não ocorreria por falta de bens materiais e de progresso técnico, mas sim por algo não mensurável de modo instantâneo: espiritualidade e valores morais que seriam desdobramento da tradição e cultura populares. A civilização do Ocidente perderia vigor por excesso de conforto em detrimento da firmeza espiritual que, inicialmente, seria preenchida pelo Cristianismo, católico ou protestante.
A ideia de que a sociedade humana se desenvolve, e se firma, em face das dificuldades da natureza, por exemplo, já era conhecida no século XIX. Pioneiros(as) do pensamento geográfico apontavam o papel que invernos rigorosos e meios inóspitos desempenhavam na inteligência do homem/mulher, que teria que se reinventar para sobressair ao meio ambiente.
O que Spengler fez foi reforçar, com mais afinco, algo que parece não se esgotar no momento, ao menos no debate. E a guerra entre Rússia e Ucrânia inaugura novo capítulo sobre o assunto, visto que ela entra no mérito para identificar até que ponto Estados Unidos, Grã-Bretanha ou Alemanha se empenhariam para defender a Europa Oriental contra o expansionismo russo. Se a Ucrânia alberga democracia e alguns princípios tão caros ao Ocidente, por que, então, ela praticamente ficou ao relento, apesar do poder de tais países na Otan?

Dentro dessa leitura, se os(as) europeus(eias) se acostumaram, no atacado, à sociedade do conforto, logo, não se empenhariam em defender seus valores tradicionais, bem como a herança do Catolicismo. No lugar do Estado nacional, daria-se lugar à relativização da soberania e ao processo de criação do federalismo continental, com a máxima de que atribuir poder a Bruxelas, sede da União Europeia, seria maximizar efeitos benéficos da democracia. Uma democracia multinacional, que não fosse ligada a tradições sociopolíticas regionais, ganharia imagem de ser instituto mais que moderno nas relações políticas.

Por outra via, alguns autores(as) sublinham a situação atual, considerada crise, dentro das próprias universidades e locais de formação intelectual. Sem ter relação direta com o livro de Spengler, no trabalho intitulado A Rebelião das Elites e a Traição da Democracia, Christopher Lasch opina que são justamente as famosas instituições educacionais estadunidenses, no primeiro plano, as promotoras de manifestações que desacreditam a cultura ocidental, os cânones do teatro, da literatura e até das ciências mais “neutras” ou que não se dão ao gosto de serem ideologizadas, como física, medicina ou matemática.
 A ciência e cultura ocidentais seriam também construídas, por séculos, a partir de escombros da colonização sobre grande parte do antigo Terceiro-Mundo, cuja capacidade científica fora relegada de propósito ou ignorada por falta de conhecimento dos(as) colonizadores(as). Por isso, estudantes e professores(as) de Harvard, Stanford e outras universidades de prestígio se empenhariam para fazer justiça social e trazer a público aquilo que não tivera oportunidade de ocorrer: o reconhecimento cultural e científico dos(as) excluídos(as) do mundo. Por conseguinte, o pavor que boa parte da clientela universitária teria de não acatar tais reparos históricos o levaria à apatia ou a corroborar esse conserto sem muita vontade.

Isso significa dizer que a cultura e tradições não seriam mais representadas pela maioria da população (o zé povinho, como se costuma falar no Brasil). Mas com poucos canais de voz, para amparar seu desejo e valor; o papel do povo ficaria em segundo plano. A elite intelectual, que ocuparia setores mais bem posicionados, universidades prestigiosas, artes em geral e imprensa, imprimiria o que se entende por democracia e cultura. O problema é que a consonância entre elite e povo já não mais existiria, ou aquela elite não mais representaria os reais anseios populares, atuando somente em endogenia intelectual.

É claro que o declínio político, econômico e cultural de uma potência, ou de uma região (União Europeia) tem de ser tratado de modo relativo. Os Estados Unidos não deixarão de imprimir influência e poder nos próximos trinta anos. A elevação estratégica da China, bem como de sua economia, não criará problemas prementes nos interesses estadunidenses da noite para o dia. O mais crível é o surgimento de um condomínio, no qual Washington teria destaque junto a outras potências que ascenderão e procurarão espraiar suas influências regionalmente, ao menos. É o que se espera de Índia, Rússia, um pouco mais da China e talvez do Brasil.

Em outro aspecto, se os Estados Unidos descem relativamente na escala do poder mundial, embora conserve muito de seus avanços tecnológicos, o mesmo não se pode dizer da União Europeia. O Velho Continente, para manter a paz em seu espaço, entrou em um circuito de autofagia cultural e política, cujo resultado pode ser sua descaracterização como centro aglutinador de cultura e civilização. Embora possa ser apressado dizer, a Europa pode ter a imagem de um grande navio que tem medo de navegar pelo mundo, justamente para não passar a imagem de que sua grandeza seja arrogância.
Caso se possa procurar motivo que tenha impulsionado esse fenômeno europeu, ele pode ser encontrado na premissa de que gerações que nasceram nas décadas 1960 e 1970 já teriam sido formadas sob a égide do bem-estar, do pacifismo, da superação do nacional, do petróleo, do apego ao conforto econômico e, em última instância, às posturas mais modernas, como defesa de direitos humanos, do ambientalismo, do multiculturalismo etc.. Portanto, o pessoal que nascera naquelas décadas não gostaria de pôr tudo a perder por causa de políticas de poder, ainda que suas conquistas estivessem em risco.
O ponto curioso disso tudo é que o ocaso do Ocidente, se dermos razão a seus profetas, não ocorre por falta de empenho econômico ou tecnológico, nem por ausência de políticas de bem-estar para substancial parte de sua população. O aspecto crítico reside em sua falta de vontade. Poderíamos dizer na falta de “vontade nacional” que dia a dia míngua em nome de um projeto supostamente democrático, virtuoso e equânime, mas que tem demonstrado mais desprezo pela visão doméstica dos países membros de que apego a um futuro melhor.

Não podemos frisar que a decadência ocidental seja, obrigatoriamente, positiva, embora seja vislumbrada como meio de abrir espaço para países de menor poder relativo. Parte considerável de nosso estilo de vida, democracia parlamentar, liberdade de opinião, liberdade de organização etc., resulta daquilo que chamamos liberalismo, ao menos um tipo dele, uma vez que por liberalismo se pode compreender visões variadas e até divergentes. Há inclusive determinados grupos acadêmicos que preferem usar o termo neoliberalismo para designar o desgaste pelo qual o mundo ocidental vem passando desde os anos 1980.

Contudo, emergem algumas questões: não será justamente esse tipo de organização sociopolítica e cultural que tem dado tiro no próprio pé no passado recente? Não tem sido o grosso da inteligência ocidental o primeiro grupo a desprezar, quando não combater, valores e condutas que se julgavam ser patrimônio ocidental, que moldara a grandeza de Estados Unidos e Europa Ocidental? Será que Índia e China passarão pelo mesmo processo de excessiva autocrítica, quase autofágica, que também as levaria para a decadência pelo fato desses países abrirem mão de seus modos de vida para adotar os ocidentais?

A Ucrânia passou por mudança drástica de poder, em 2014, para adotar valores ocidentais, incentivada pela União Europeia, porque se imaginava como membro da família do Oeste. Em parte, Kiev acreditava que seria socorrida pela Otan, já que se tornara espiritualmente ocidental. De modo análogo, podemos dizer isso de Taiwan. Certa ocidentalização daquela ilha, de início no aspecto militar, começou levando em conta que os Estados Unidos os ajudaria, caso Pequim demonstrasse agressividade. Todo o leste asiático foi politicamente moldado, a partir da Guerra Fria, pensando que os Estados Unidos os socorreria se houvesse ataque da União Soviética, no passado, e da China na atualidade.

E se nem a União Europeia, pela Otan, nem os Estados Unidos correrem para ajudar seus parceiros, que foram objetos de promessa, contra assédio e agressão dos mais fortes? Mesmo que seja contraproducente, não foi a nota de proteção que ajudou a dar imagem positiva ao Ocidente, como garantidor da ordem internacional e da proteção aos mais fracos? Nesse processo, o que deverá pensar a Ucrânia, Taiwan, por exemplo, nesse andar das coisas? São questões que, para nós, devem concorrer para a ampliação do bom debate.

 

(*) José Alexandre Altahyde Hage é professor do Departamento de Relações Internacionais da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios (Eppen) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)-Campus Osasco.

Ilustração: Getty Images.


quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Um artigo de Ipojuca Pontes


UM FENÔMENO CHAMADO BOLSONARO

Ipojuca Pontes

A esta altura do campeonato, ao cruzar a barreira dos 78 anos de idade, não me é difícil vaticinar (profetizar) que se passarão décadas, talvez séculos, para que seja possível  emergir na vida pública brasileira um fenômeno da dimensão de Jair Messias Bolsonaro. Tivemos, no cenário político pregresso, figuras do porte de José Bonifácio, D. Pedro II, Rui Barbosa, o trágico Getúlio Dornelles Vargas, dentre outros, mas, na soma geral, nenhum que tenha enfrentado com tanto destemor o renhido conflito entre a visão transcendente da vida vivida e o nocivo materialismo marxista, em essência, devorador e estatizante. Numa palavra, o velho combate entre a mentira comunista e a verdade de uma democracia inspirada em bases conservadoras, legitimada pelo voto popular. De minha parte, devo dizer que  acompanho a vida política brasileira desde o suicídio de Vargas, em agosto de 1954. Antes, tinha uma vaga noção, repassada pelos meus pais, do governo pós-guerra do Marechal Eurico Gaspar Dutra (o melhor presidente antes de Bolsonaro), que, vencendo as eleições presidenciais, colocou o Partido Comunista na ilegalidade, depois que o seu líder, Carlos Prestes, então senador, indagado com quem ficaria no caso de uma guerra entre o Brasil e a URSS, declarou sem titubear: Com a União Soviética!Ao fim da tumultuada Era Vargas, que culminou com o seu suicídio, vieram os governos de:

Café Filho, 

Juscelino Kubitscheck,

Jânio Quadros, 

Jango, 

Castelo Branco,

Costa e Silva,

Garrastazu Médici,

Ernesto Geisel, 

João  Figueiredo, 

Zé Sarney, 

Collor de Mello, 

Itamar Franco, 

FHC, 

Lula, 

Dilma Rousseff e

Michel Temer. 

Na qualidade de jornalista ou como mero observador, conheci pessoalmente Juscelino, Jânio, Jango, Figueiredo, Sarney, Collor de Mello, Itamar e o vaselina FHC. Alguns desses governos foram vergonhosos, outros medíocres, e a maioria deles, no entanto., absolutamente nociva para a consolidação de um país viável, transparente, soberano e de livre mercado. De um modo geral, diga-se, norteava tais governos o mais  indigente anti-americanismo, que  atingia as raias do grotesco, mesmo na fase dos governantes militares. Fique claro ao leitor que o trono presidencial, até o advento de Jair  Bolsonaro foi ocupado por todo tipo de gente:

comunistas, 

ladrões, 

demagogos, 

loucos, 

irresponsáveis,

ativistas, 

impostores, 

tolos e

arrivistas. Destaco fatos que ilustram o caráter de alguns desses figurões.

Por exemplo: JK. Certa feita, em campanha eleitoral, foi caitituar votos numa favela; lá, encontrando uma criança de colo, da qual escorria meleca, sacou do lenço e limpou o nariz da garota. Em seguida, rindo para a mãe e para a platéia admirada, dobrou o lenço e o recolocou cuidadosamente no bolso do paletó. Já na estrada, JK mandou parar o carro e, ar de nojo, olhou pelos lados. Só então, jogou o lenço no matagal, não sem antes imprecar contra si mesmo. (Apud Autran Dourado, o ghost writer de JK). Outro exemplo notável foi o de Jânio Quadros. Eleito presidente depois do governo perdulário e caloteiro de JK, traiu a UDN e o voto conservador que o elegeu, ao condecorar com a Grã-Cruz o sanguinário Che Guevara, numa atitude escrota, cujo objetivo era chegar, pela destemperada provocação, ao poder absoluto. Jânio tirava uma onda de doido compulsivo, mas sifu ao cabo de 7 meses – e, com ele, o País. Outro exemplo patife: em 1962, com a queda de um avião da Varig no Peru, foi encontrada uma mala diplomática cubana e, nela, uma carta confidencial destinada ao ditador Fidel dando conta das  operações e planos da guerrilha financiada por Cuba nos confins de Goiás, e que tinha por objetivo criar “mais um Vietnam” para ferrar os EUA. De posse da carta, Jango, que tinha como aliado o fanático Carlos Prestes, em vez de enviá-la ao governo americano, fez com que a correspondência chegasse em mãos de Castro – no fundo, um ato explícito de sabotagem contra o país que o manco desgovernava. Mais outro exemplo: o sub-marxista FHC, depois de comprar votos parlamentares para prorrogar o próprio mandato presidencial, foi considerado, pelos pares comunas, um reles “neo-liberal” oportunista, traidor das próprias pregações. Resposta de FHC, um vaselinoso para quem falar a verdade, que não passa de um preconceito pequeno-burguês: Esqueçam o que escrevi! Só mais um exemplo de vileza presidencial: em abril de 2004, o pedreiro José Antonio de Souza, 30 anos, desempregado, vendeu o barraco onde morava em Cariacica, Espírito Santo, deixando  a mulher grávida e um filho de 8 anos. Confiante, José partiu de ônibus para Brasília e instalou-se defronte ao Palácio do Planalto na esperança de falar com Lula, o presidente-operário, que tinha prometido riqueza e felicidade aos trabalhadores. Como ninguém o notasse, José, ao cabo de 12 dias, fez por escrito um apelo dramático: – Senhor Presidente. Vendi meu barraco no Espírito Santo para falar com o senhor. Roubaram meus documentos e estão armando um monte de problemas para mim. Estou desempregado e perdendo minha família. Preciso de ajuda. Em que pese o tamanho e a visibilidade do cartaz, ninguém deu importância ao apelo, do pedreiro, postado diante do Planalto. Nem Lula nem sua nomenclatura  parasitária. Desesperado, à luz dos primeiros raios da manhã, José, depois de banhar-se em gasolina, ateou fogo no próprio corpo em ato de consciente imolação. Gesto único na vida do País, o sacrifício do pedreiro não foi considerado pela mídia cabocla. Soube-se depois que um burocrata do governo socialista, temeroso de noticiário adverso, mandou transportar o corpo carbonizado de José para o Espírito Santo, num vôo da FAB – e ponto final. Pois bem: é esse tipo de gente, menor e sem escrúpulos, nutrida no totalitarismo vermelho que procura sufocar no homem sua crença em Deus, bem… é esse tipo de gente, repito, que faz oposição ao gigante Bolsonaro, um sujeito de couro grosso que enfrenta a cada instante a estúpida sabotagem de esquerdistas fanáticos instalados, por exemplo, no aparelho do STF, cuja maioria dos integrantes foi nomeada pelos condenados Lula e Zé Dirceu (este último, um agente cubano que garantiu que hoje não se trata mais de “ganhar as eleições, mas de tomar o governo”, como bem disse Barroso no Congresso:''eleição não não se vence, se toma.''' Ao lado do sombrio STF, Bolsonaro enfrenta de igual modo, com crescente galhardia, a má fé cínica da mídia militante, que, saudosa dos bilhões despejados pelos desgovernos de Luladrão e Dilma Guerrilheira, transforma a mentira num aríete rombudo, para detonar o governo.  Ela inventa, cozinha e divulga nas suas TVs, rádios e jornais falidos, montes de escândalos e falsas  denúncias, todas fabricadas pela mente fétida de militantes travestidos de jornalistas. Alguns desses sacos de excrementos lamentam que o sicário Adélio Bispo não tenha traspassado o coração de Bolsonaro, enquanto outros confessam por escrito o desejo insano de vê-lo morto. Por sua vez, para tirar bodum do inodoro alabastro, políticos viciosos inventaram a CPI da Peste Chinesa, considerada um escárnio pelo grosso da opinião pública consciente. Nela, para atingir Bolsonaro, são desfechados petardos inquisitoriais pelos senadores Renan Calheiros e Omar Aziz, este último, presidente do circo, envolvido em escândalos de corrupção no Amazonas, um tipo que interroga dando coices nos depoentes e no vernáculo pátrio. (O mais curioso nessa chanchada é que ninguém ali ousa ventilar a origem da covid 19 formatada no Laboratório Biológico Wuhan, epicentro da pandemia, objeto de investigações do governo esquerdista de Joe Biden, nos Estados Unidos, e de governos da União Europeia, entre eles a França e a Inglaterra.  De todo modo, o que se anuncia é o trilionário negócio da venda da discutível CoronaVac, que disparou em muitos pontos o PIB chinês). No pacote de maldades industrializado pela vilania da oposição, avolumam-se as pseudos pesquisas de intenções de votos levantadas pela fajuta DataFoice, que alimenta semanalmente a vitória de Luladrão sobre Bolsonaro (embora compareçam multidões nas manifestações em apoio ao presidente da República, enquanto poucos e insignificativos adversos, pois contados nos dedos, barbarizem as ruas nas passeatas de aluguel. A coonestar ainda os ataques bafejados pelo ódio, causam risos os insistentes  e incongruentes pronunciamentos de Lulu Barroso, presidente do STF, em favor das manipuláveis urnas eletrônicas, cujo controle digital (contra prova), ao contrário do que ele defende, se faz obrigatório para garantir o mínimo de  lisura na contagem dos votos eleitorais nas próximas eleições. Neste sentido, aliás, a sempre bem informada CIA enviou relatório à Presidência da República detalhando articulação golpista tramada pelas esquerdas na mesma linha apontada por Zé Dirceu. No entanto, do que os comunistas se esquecem, na trama diabólica urdida às claras, é que Jair Bolsonaro exatamente interpreta, como nenhum outro líder, o espírito e a alma do povo brasileiro, razão pela qual milhões de pessoas seguem os seus passos e escutam os seus pronunciamentos.  São pessoas, em resumo, que, alertas, não se deixam devorar pela bocarra do monstro vermelho que se vende ao povaréu como uma inocente odalisca de cabaré barato.

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Sobre os riscos da volta da esquerda ao poder

 


A volta da esquerda ao Poder vai acelerar a fuga de cérebros e jovens brilhantes do Brasil.

Ariel Mignone (*)

Este artigo trata não de posições ou projeções políticas, mas de percepção pessoal em função das conversas, reuniões, leituras e interações que tenho tido nas últimas semanas. O que nos tem sido externado, pode se traduzir como segue. O temor da volta de Lula a presidência, para quem tem básicos conhecimentos de economia, traz consigo a constatação de perspectivas sombrias para a sobrevivência das famílias e as perspectivas se tornam cada vez menos excitantes para as novas gerações.

O arcabouço jurídico-político do nosso querido Brasil, para essas pessoas,  resulta em não ter qualquer esperança de um pais capaz de produzir riqueza material, cultural e espiritual, num ambiente de um Estado centralizador, controlador e que estimula não a livre iniciativa e pune os criadores e geradores de riqueza, de novo, material, cultural e espiritualmente, aqueles que prosperam e sāo capazes de fazer seu entorno seguir seu exemplo.

Muito acima dos personagens e narrativas vigentes na polarização estabelecida, tanto no Brasil quanto no resto do mundo, essas pessoas estāo convencidas, que a história do mundo mostra claramente que os governos ditos de esquerda, no final das contas, apesar dos discursos humanitários e otimistas, acabam nāo entregando vida melhor para a maioria dos seus conterrâneos.  Veem no Brasil, infelizmente, um país de instituições nada sólidas em que se possa depositar confiança em longo prazo.

E essa é a diferença significativa quando se considera uma mudança para um pais como os EUA. Os Estados Unidos mesmo estando longe de ser um pais perfeito, permite e incentiva a diversidade de opiniões, o respeito as vontades, os valores, as iniciativas, a mobilidade social e a propriedade privada.  Vejam quantas mudanças os governos Obama e Trump tentaram fazer, por exemplo, nas questões imigratórias. As instituições, Congresso Nacional e Judiciário, no frigir dos ovos, nāo permitiram nenhuma profunda alteraçāo nas regras em vigor. E é exatamente isso que torna os EUA um pais tāo atrativo para tanta gente. Há previsibilidade. Há açāo. Há pragmatismo. E há uma economia pujante precisando de gente para contribuir ainda mais para o crescimento dessa Naçāo. Mas, mais do que tudo, há entrega de qualidade de vida para a maciça maioria da populaçāo. É por isso que estou aqui e desejo o mesmo para quem gosto, amo e aprecio. Nāo é sem razāo que quem tem disponibilidade de recursos líquidos no Brasil, se já nāo retirou tudo disponível do pais, estāo fazendo isso, e os trazendo, principalmente, para os EUA. Ou, ao menos, estāo diversificando e dolarizando fortemente seu patrimônio.  O passo seguinte? Deixar o Brasil. As estatísticas provam isso cada dia mais.

(*) É diretor comercial da Mignone Law Firm, especialista em investimentos e imigração nos Estados Unidos.