domingo, 26 de junho de 2022

COMO CRIAR OPORTUNIDADES PARA OS JOVENS

 


Quer abrir caminhos para os jovens?  Encare o cenário brasileiro

Por Kelly Lopes (*)

Por que estamos cada vez mais buscando oportunidades para as questões de empregabilidade dos jovens no Brasil? Por que ONGs e empresas têm se aliado para juntas, formarem e empregarem profissionais que o mercado não enxerga como potente? De onde vem essa obsessão pelo futuro do jovem no país?

As respostas chegam por um recorte de dados apresentados na publicação Síntese, que acaba de ser lançada pelo Instituto da Oportunidade Social (IOS) com o objetivo de traçar um verdadeiro mapa da juventude no Brasil e deixar claro o papel de cada membro da sociedade no desenvolvimento urgente dessas potências do futuro.

Os dados apresentados na publicação mostram que a população jovem do Brasil é, atualmente, a maior da história - são mais de 47 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos. Também é a mais afetada pelo desemprego no Brasil, atingindo a taxa de 27,1% no primeiro trimestre de 2020, entre os jovens de 18 a 24 anos. Bem acima da média geral de 12,2% do país no período.

Especialistas apontam que estamos encerrando um ciclo no qual teremos mais jovens produtivos que pessoas com mais de 50 anos. Na nova década, teremos mais público adulto, fruto do aumento da longevidade. Mas, exatamente nesse boom demográfico o jovem está com menos oportunidades de emprego. De acordo com dados do IBGE, em 2050, o Brasil será o 6º país com a maior população idosa do mundo, na frente de outros países desenvolvidos. Logo ali, em 2030, daqui a oito anos, teremos mais idosos do que pessoas com até 14 anos.

Cuidar do futuro do jovem é garantir o amanhã funcionando como uma engrenagem, fazendo girar a economia de forma sustentável. Para isso, eles precisam de um emprego hoje. Precisam de oportunidades adequadas que os desenvolvam profissionalmente. Precisam de apoio para os estudos.

De acordo com os dados apontados na Síntese, 87,4% dos alunos que se formam no ensino médio vêm da rede pública, mas somente 18% dos jovens com até 25 anos de idade buscam graduação, já que 74% das vagas de graduação estão disponíveis na rede particular de ensino, com apenas 26% na rede pública.

Mas os empregadores erram ao focarem suas buscas em jovens profissionais nas universidades. Isso dificulta o avanço educacional e profissional da grande maioria que vem do ensino público e precisa do emprego para financiar uma faculdade.

Os dados da publicação ainda apontam que, no ano passado, 17% dos jovens entre 15 e 29 anos pagam suas contas e ainda contribuem com a renda da família e 6% dos jovens sustentam integralmente as suas famílias. É muita responsabilidade para tão poucas oportunidades que o país oferece.

É por isso que a preocupação constante com o desenvolvimento dos jovens tem sido pauta de quem está realmente atento ao futuro da nossa sociedade. Em ano eleitoral, é bem importante reforçar que o candidato a qualquer cargo público que não apresentar um plano de governo que priorize os jovens, que desenvolva novas políticas públicas para apoiar a geração de emprego e garantia de desenvolvimento profissional, não merece seu voto.

Não está preocupado com a violência, com o desenvolvimento de um país e que nada faz por uma geração que representa o futuro, além de exportá-los como talentos potentes para outras nações.

Às empresas, maiores beneficiadas por profissionais que vão garantir sua eficiência e sua existência no futuro bem próximo, cabe um papel mais que importante e que não virá dos governos. É preciso assumir essa frente e abrir de fato as oportunidades para ele.

É preciso ficar claro para os empregadores que nossos jovens não chegam prontos para trabalhar. São muitos os obstáculos, principalmente entre os jovens em situação de vulnerabilidade social. O caminho deles até o emprego formal é bem tortuoso e longo. É preciso torná-lo mais rápido e urgente. Sua formação também é parte da sua responsabilidade de empresário.

Os cursos de formação profissional têm buscado somar esforços com empresas e instituições de fato preocupadas em devolver à sociedade um pouco do que conquistam. A empresa que não olha para isso não pode comunicar que possui estratégias de ESG.

Esses cursos trazem ao jovem os conhecimentos mais demandados pelas empresas e, principalmente, trabalham as competências comportamentais que vão garantir o avanço e o progresso na profissão. Além dos conhecimentos que adquire nos cursos, o jovem brasileiro, resiliente por natureza, carrega consigo o desejo de aprender, inovar e criar.

As empresas da área de TI têm atuado nessa formação. A aceleração da digitalização no Brasil, tem aumentado a demanda por profissionais qualificados para o setor e isso representa uma grande oportunidade para quem quer ingressar no mercado de trabalho. Com base nos dados do Guia Salarial 2022 da Robert Half, a Síntese indica que 63% dos CIOs (Chief Innovation Officer) dizem que será mais desafiador encontrar profissionais qualificados em tecnologia este ano. Assim, o setor de tecnologia está para o emprego assim como os jovens da periferia.

Impulsionar o desenvolvimento profissional de um jovem por meio da educação e da oportunidade de emprego é estar de fato alinhado com a agenda de desenvolvimento sustentável e ESG das empresas. Isso gera o impacto social positivo e contribuindo com as ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) propostos pela ONU, que prevê educação de qualidade, trabalho decente e crescimento econômico e redução das desigualdades.

Esse olhar cabe também às empresas. Quando isso fica claro como objetivo estratégico na sua empresa não vamos mais precisar explicar por que ainda precisamos tanto da lei de cotas para impulsionar e garantir o ingresso de uma parte de jovens que ainda querem entrar para as universidades. O caminho que eles percorrem não é o mesmo dos que têm mais acessos e oportunidades de desenvolvimento.

Diante das desigualdades e de tantos fatores que afastam e prejudicam o ingresso ágil desses jovens ao mundo do trabalho, as empresas têm um papel crucial de abrir suas portas e engajar seus pares para uma consciência cidadã, para que abracem com ela o objetivo de formar e empregar os jovens que vão moldar a sociedade do amanhã.

É a consciência cidadã que temos buscado há tempos nas urnas, eleição pós eleição. É dela que vem a atitude em somar esforços entre empresas, ONGs, escolas e tantos canais para a real transformação social que o país precisa. Isso começa dos portões para dentro das empresas. Essa é a melhor contribuição como agente transformador para levar oportunidades aos jovens talentos e atuar para a redução das desigualdades e erradicação da pobreza no Brasil. Porque quando um jovem talento cresce, sua empresa cresce, a sociedade avança. Esse é o Brasil que nós queremos!

(*) é empreendedora social e superintendente do Instituto da Oportunidade Social – IOS.

 

 

 

terça-feira, 14 de junho de 2022

Criptomoedas e Tokens




O mercado das criptomoedas e emissão de tokens
 

Rodrigo Pimenta (*)
 

A tokenização em “blockchain” é um tema que vem ganhando enorme relevância no cenário nacional e internacional. Resumidamente, consiste no processo de transformar um ativo qualquer em quotas menores e/ou fracionadas em um ecossistema descentralizado, utilizando contratos inteligentes, juntamente com a tecnologia “blockchain”. Esse processo, além de permitir a garantia, simplicidade, transparência e segurança tecnologicamente, possibilita maior facilidade para negociação a partir de mercados gigantescos, como por exemplo DeFi ou exchanges de criptoativos.

Com a grande ascensão desse universo, o mercado tem criado uma variedade de novos tipos de tokens com propósitos diversos. Existem diversas opções de categorias de tokens cujas 4 principais podem ser destacadas: os Utility tokens, Non-fungible tokens (NFT), Security tokens e Payment Tokens.

A tokenização não é um assunto recente, há pelo menos 10 anos esse tema é discutido no mercado. No entanto, ao que tudo indica, agora viveremos essa era. Recentemente, o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, apontou que a companhia deve começar a usar “blockchain” na tokenização de ativos físicos. Com o aval na participação no Sandbox Regulatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a parceria entre a fintech Vórtx e a holding QR Capital, tem feito testes de regulação dos primeiros tokens no mercado de capitais nesse sandbox utilizando “blockchain”.

A grande vantagem se dá pelo fato de a “blockchain” ser à prova de fraudes. Afinal, estamos falando em transformar qualquer ativo em um token, sendo ele real ou financeiro. Em se tratando da tokenização, é essa tecnologia que permite a troca de informações, em que todos os envolvidos na rede garantem a veracidade dos termos e condições. Dessa forma, não há questionamento sobre sua confiança.

É importante tocarmos no fato da confiança ser a chave do negócio. Afinal, essa é a questão principal quando o assunto é crédito. Vamos partir do princípio de que uma lei precisa de uma interpretação humana para ser aplicada. Quando traduzimos um código para “blockchain”, é ele que faz essa operação a partir de uma rede de consenso. Com isso, a tokenização de ativos financeiros cresceu aos olhos do mercado mundial, pois elimina a necessidade de confiança e desassocia a avaliação de risco. 

O grande entrave no momento gira em torno dos desafios regulatórios, facilitado pelo teste de Howey, que veda ofertar qualquer tipo de ativo para um cidadão brasileiro, demandando autorização expressa da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e, ainda assim, sendo liberado somente em alguns casos especiais. O mesmo entrave pode ser notado também em uma wallet identificada e auto-custodiada, para lidar com lavagem de dinheiro, apoio ao terrorismo e gestão das chaves privadas para diminuir a insegurança jurídica, sucessão, litígios ou disputas judiciais. Representa um enorme, como o CBDC (“Central Bank Digital Currency”), o utility token do novo “real digital brasileiro”, que conforme Roberto Campos Neto, ex-Presidente do Banco Central do Brasil, seria compatível com smart contracts em “blockchain”.
É fácil perceber como os ativos digitais em “blockchain” prometem impactar a nova economia. Mas qual a amplitude desse impacto? Na realidade ainda não sabemos. Fato é que a tecnologia “blockchain” veio para ficar na economia mundial e seu grande pilar está em permitir uma utilização mais eficiente dos recursos, reduzindo os custos das operações, ampliando os produtos financeiros já existentes e seus desdobramentos, como o DeFi, GameFi, SocialFi e InsuranceFi, que ainda carecem de um melhor tratamento com os reguladores. Os primeiros passos já foram dados, sempre de olho no futuro.
 

(*) Rodrigo Pimenta é engenheiro elétrico formado pela Poli-USP, MBA em Economia, Finanças e Operações na FGV-SP, CEO e fundador da Hubchain Tecnologia e autor de publicação de Inteligência Artificial e Algoritmos Genéticos.


sábado, 11 de junho de 2022

O uso da inteligência artificial no comércio


Deixe a inteligência artificial trabalhar para você no online e no offline 

 Bento Ribeiro (*)

A cada ano que passa, a sociedade, de maneira geral, fica mais complexa. Os interesses, a maneira de falar, a moda, as crenças, a sexualidade, o entretenimento, tudo se transforma e, assim, se transformam também as necessidades dos usuários. O cliente demanda cada vez mais personalização em sua experiência, um atendimento que considere suas particularidades, ele não quer ser mais um. É necessário oferecer recomendações e promoções especiais para esse consumidor, mostrar que o conhece.

Mas como proporcionar esse tipo de experiência a milhares de clientes? Parece humanamente impossível, e é aí que entra a inteligência artificial (IA). Você já deve ter ouvido alguém dizer que os dados “são o novo petróleo”, não é de hoje que o mercado começou a valorizá-los, tanto que já existe legislação específica para o seu tratamento. A partir da análise de uma quantidade enorme de dados, feita com velocidade e precisão, é possível personalizar a jornada do cliente levando em conta seus gostos, preferências, aversões e necessidades, elevando assim o tíquete-médio e aumentando a recorrência de suas compras.

Outro ponto em que o sistema faz toda a diferença é na cadeia logística. De acordo com estudo da empresa de consultoria Gartner, 50% das organizações da supply chain investirão em tecnologias que suportam inteligência artificial (IA) e recursos de análise avançadas até 2024. Utilizando big data, é possível prever a demanda de consumo, entender onde devem estar localizadas dark stores, evitar falta ou excesso de estoque e evitar desperdício de recursos. Ela pode ainda analisar dados relacionados ao fornecedor, tais como desempenho de entrega dentro do prazo, auditorias e avaliações, otimizar rotas, maximizar o carregamento de caminhões, melhorando assim a velocidade de entrega, reduzindo o valor do frete e a pegada ambiental.

Um exemplo da aplicação da inteligência de dados é o case da Mondelez. A empresa buscava:

visibilidade e previsibilidade do sell-out (venda ao consumidor final)

sincronização do sell out com o sell-in (venda B2B)

Com a tecnologia da Infra.data, foi possível prever tendências e indicar o abastecimento ideal. O resultado foi uma acuracidade entre 65% e 85%.

 

Ações implementadas:

Ganhos efetivos: 

 

 

Categorização de histórico de dados entre: próprios, do mercado e de clientes

Integração, limpeza e enriquecimento de dados obtidos do histórico

Aplicação de redes neurais de aprendizado cruzado e individual

 

melhor alinhamento e aderência ao planejamento

redução de estoque na cadeia

balanceamento de DOH

redução da ruptura ponderada

melhoria nos indicadores de performance (OCT, CFR, OTIF)

melhor tempo de resposta às sazonalidades

melhoria no write-off por shelf life

 

 

 

 

É claro que existem decisões que se sobrepõem às previsões, e a simbiose entre a inteligência natural e a artificial é que vai trazer os melhores resultados para cada negócio. A tecnologia não chega para substituir o ser humano, mas substitui planilha de excel, libera as pessoas de um trabalho míope e dá suporte para que possam tomar melhores decisões. A IA é capaz de reconhecer padrões, analisar possibilidades e oferecer soluções, mas há de se levar em conta as escolhas estratégicas da empresa: se eu sei que vou tirar um produto de linha, vou querer escoar esse estoque, ou se minha intenção é aumentar meu market share, a decisão não é baseada em lucro e prejuízo apenas.

Se engana quem pensa que o uso dessa ferramenta é assunto para os grandes players, quanto menor a empresa, mais importante é ter esse suporte, porque o pequeno tem menor margem e menos visão, já que dificilmente conta com um time para fazer essas análises. Hoje já conseguimos produtizar essa ferramenta, em vez de tratar cada cliente como um projeto, que leva tempo e não é acessível para os pequenos negócios, nossos clientes utilizam uma mesma versão de software, o que torna tudo mais simples.

O algoritmo precisa de algum histórico para trabalhar, porque ele aprende do passado e infere o que vai acontecer, mas esse aprendizado pode ser curto, com poucos dados internos já é possível iniciar -- a partir, por exemplo, de fontes como máquinas de cartão, planilhas, ERP -- e eles serão enriquecidos com o cruzamento de informações sobre clima, sazonalidade, eventos externos.

Os avanços tecnológicos em big data, o desenvolvimento de algoritmos e o aumento do poder de processamento apontam para um futuro promissor, com soluções cada vez mais sofisticadas que contribuirão para a eficiência do commerce on e offline e para que o consumidor tenha uma experiência fluida, conveniente e de máxima qualidade.

 (*)Diretor da unidade de negócio Infradata na Infracommerce.

Ilustração: https://www.sankhya.com.br/. 

sexta-feira, 10 de junho de 2022

Um artigo sobre ser preciso pensar de forma digital

 


 A transformação digital precisa de uma mentalidade digital

por Dirceu Torres, CEO da Fuse IoT

 

Com uma alta demanda por serviços digitais por parte dos consumidores após a pandemia do Covid-19, é inevitável dizer que o futuro pertence às empresas que conseguem capacitar digitalmente suas experiências de consumo, independente do setor. Um estudo do Boston Consulting Group (BCG) apontou que líderes digitais podem esperar um crescimento pelo menos 1,8 vezes maior de lucros em relação aos que são retardatários na transformação digital. No entanto, o BCG também descobriu que quase 70% de todos os esforços de transformação digital ficam aquém de seus principais objetivos. Essa alta taxa de falha foi notavelmente mencionada por várias empresas líderes globais de pesquisa e consultoria. Então, agora vem a pergunta importante - por que há uma chance maior de fracasso nas iniciativas de transformação digital, apesar do enorme interesse sobre o assunto de quase todos os setores?

A resposta está em entender o fato de que a transformação digital não está apenas em levar tecnologias novas e inovadoras para impulsionar todos os aspectos do seu negócio. É necessário cultivar uma mentalidade digital dentro da organização, entre todas as partes interessadas e funcionários, para atender às expectativas dos consumidores com experiência digital. Há uma urgência de promover uma evolução cultural para ajudar as pessoas dentro da organização a alavancar novos processos de pensamento, enquanto resolvem os desafios do cliente, e não apenas seguir o que uma nova plataforma digital lista como sua capacidade.

Não há dúvidas sobre o imenso potencial que a tecnologia pode desbloquear dentro das empresas. No entanto, a principal abordagem que os líderes precisam adotar ao implementar a transformação digital é impulsionar a tecnologia em seus negócios e não permitir que ela seja conduzida por conta própria enquanto o resto apenas pega carona. Muitos líderes não conseguem promover a necessidade de uma mentalidade digital entre os funcionários, o que pode prejudicar os objetivos estratégicos dos negócios. Vamos abordar brevemente os potenciais de uma mentalidade digital para uma melhor transformação digital em todos os níveis de uma empresa:

 

Agilidade aprimorada

Com uma mentalidade digital, sua força de trabalho pode perceber a importância de como os diferentes componentes de um ecossistema digital, principalmente dados, aplicativos e infraestrutura, dependem uns dos outros e como cada um pode complementar o outro para uma transformação bem-sucedida. Essa conscientização ajuda a elaborar planos estratégicos de integração de diferentes sistemas de negócios, minimizando processos e fluxos de trabalho e mesclando ou eliminando gargalos, resultando em melhor utilização dos dados dentro do negócio.

 

Melhor experiência do cliente

Uma mentalidade digital permite que sua empresa pense do ponto de vista do cliente. Os funcionários de todos os departamentos poderão visualizar cada parte da jornada digital que um cliente percorre e fazer ajustes estratégicos e baseados em tecnologia. Ao trazer pensamentos e feedbacks integrados de todas as partes interessadas do consumidor, insights podem ser obtidos para fornecer resultados superiores às expectativas do cliente, não como uma capacidade de um único aplicativo, mas como uma combinação de diferentes ferramentas, processos e pensamento crítico em diversas camadas de serviço.

 

Tempo de colocação no mercado mais rápido

As empresas que têm pessoas no comando e em todos os departamentos com mentalidade digital saberão o quão importante é remover barreiras e atrasos burocráticos que impedem decisões sobre implementação digital. Trabalhariam para eliminar políticas redundantes e substituí-las por outras simplificadas e ágeis; garantir o acesso à infraestrutura crítica para a força de trabalho digital; e priorizar investimentos para adoção de tecnologia. Isso acabará se traduzindo na implementação mais rápida de serviços digitais ou habilitados digitalmente pela empresa para seus clientes. Com o aumento da concorrência, as empresas precisam trazer experiências mais rapidamente ao mercado para que os consumidores possam ligeiramente construir lealdade com ela.

 

Elimine o medo de perder o emprego

Uma das principais razões pelas quais os funcionários não aproveitam o verdadeiro poder do digital é o medo oculto em suas mentes sobre uma possível substituição futura de suas funções por uma máquina ou aplicativo. Isso resultaria em situações em que eles podem, voluntária ou inconscientemente, resistir às mudanças necessárias para a transformação digital. Ao trazer uma mudança de mentalidade, os líderes podem capacitar os funcionários a pensar além de seus medos e ver o digital como uma oportunidade para melhorar suas habilidades e atender as interações com clientes mais orientadas por valor. Para isso, eles precisam criar um esboço do que a empresa pretende alcançar estrategicamente por meio do digital, traçar caminhos para cada função individual e motivá-los a seguir o trajeto para garantir o sucesso colaborativo.

 

Estamos testemunhando uma enxurrada de tecnologias inovadoras impulsionadas por IA, aprendizado de máquina, IoT e Blockchain, que estão sendo introduzidas no ecossistema digital. As empresas geralmente enfrentam um dilema ao decidir onde concentrar seus investimentos e qual tecnologia devem priorizar para obter sucesso mais rapidamente. Embora a escolha da tecnologia exija uma avaliação detalhada, o conceito fundamental da transformação digital, que se concentra em alavancar a tecnologia por meio de uma mentalidade digital, é o que deve assumir o comando.