quarta-feira, 19 de outubro de 2016

A NECESSIDADE DE SE ESTAR DESCONFORTÁVEL


Para ter sucesso, é preciso se aventurar no desconhecido

Silvia Bez (*)

Ao longo da vida nos acomodamos e criamos nosso próprio refúgio. Ficamos acostumados com a rotina e conformados com o estilo de vida e sempre os mesmos resultados, seja no ambiente familiar, social ou profissional. Isto é o que chamamos de “zona de conforto”.
A maioria das pessoas deseja cuidar melhor da alimentação, fazer exercício físico, deixar para trás o que não faz bem ou melhorar o que traz benefícios. Iniciar algo novo e trabalhar nas mudanças necessárias para transformar suas vidas. Entretanto, atitudes tão simples se mostram difíceis de fazer e falhamos na hora de executá-las. Por que isso acontece? A resposta é simples: qualquer mudança nos tira da zona de conforto.
A vida moderna é extremamente dinâmica e precisamos nos adaptar às frequentes mudanças. Isso é desconfortável e nos causa insegurança e ansiedade, mas é necessário. Precisamos estar dispostos e nos preparar para os desafios que aparecem todos os dias. É claro que estas rápidas mudanças nos causam insegurança. As relações sociais, profissionais e comerciais vivem em constante instabilidade e novidades surgem o tempo todo. E para aprender a lidar com esta situação, precisamos nos aventurar no desconhecido. Encarar o desconhecido nos comporta o risco de perder o controle da situação e, ao sair da nossa zona de conforto, entraremos em um terreno que não dominamos. Por isso, a tendência natural é a de continuarmos na mesmice do dia a dia, mergulhados em uma situação que controlamos.
Nossa mente e desenvolvimento pessoal estão diretamente relacionados com o poder de abandonarmos o conhecido, habitual a automático. Precisamos ter confiança, arrojo e determinação para crescer e aproveitar ao máximo as oportunidades que a vida nos oferece. Enquanto estiver dentro de sua zona de conforto, não estará crescendo nem aprendendo coisas novas. Fará as mesmas coisas de sempre, e, desse modo, irá conseguir somente o que sempre teve.

Portanto, para obter o crescimento pessoal você precisa ter atitudes que não está habituado, mas que são fundamentais para a mudança que deseja. Reflita sobre suas conquistas e perceba que resultados diferentes e significativos só aconteceram quando você fez algo novo. O novo assusta, mas é o que te levará ao sucesso.
Lembre-se sempre desta frase, de Steve Blank, escritor e empreendedor de grande sucesso: “Grandes empreendedores estão confortáveis em estarem desconfortáveis”. Por isso você precisa abandonar a sua “zona de conforto” se quiser crescer de verdade.

(*)  é palestrante motivacional, especialista em vendas e marketing pessoal, além de Master Coach. Formada pela Sociedade Latino Americana de Coaching e pela IAC (International Association of Coaching), é autora dos livros “Paixão em Vender – 5 Segredos do Vencedor”, “7 passos para se apaixonar pelo que faz” e “5 Passos para fortalecer sua Memória”. Site: www.silviabez.com.br

terça-feira, 11 de outubro de 2016

A ORIGEM DO MACARRÃO




Dia do Macarrão: a curiosa história desse alimento saudável e delicioso

Eduardo Marques (*)

A história do macarrão é cheia de curiosidades e lendas. Esse alimento tão gostoso, e que ainda é muito saudável, possui uma das histórias mais interessantes e cheias de mistérios de todo o universo das comidas. Só para contextualizar, no ano retrasado, a ex-presidente Dilma Rousseff instituiu no Brasil, uma data comemorativa que já era celebrada em diversos países pelo mundo todo, o Dia Nacional do Macarrão. A data, que é dia 25 de outubro, foi escolhida por ser o dia em que as empresas do ramo realizam, anualmente, doações do alimento a entidades beneficentes por todo o país.
O Brasil consome anualmente um milhão de toneladas da massa por ano, se colocando entre o 12º país que mais consome macarrão no mundo. Existe até um sindicato de produtores, o Sindimassas, no Espírito Santo, onde há mais de 180 empresas produtoras de massas alimentícias. Para comemorar esse dia e homenagear esse alimento tão adorado e tão importante para a dieta brasileira, decidi contar um pouco da história do macarrão, que é repleta de mistérios e curiosidades.
Para começar, um fato curioso é que hoje em dia consideramos a maioria das massas alimentícias como macarrão, mas nem sempre, e nem em todo lugar, isso foi assim. O espaguete, por exemplo, é considerado, ainda em alguns lugares, como uma massa diferente do macarrão, que por definição deve ser mais curto e até mesmo furado por dentro, como o penne e o cotovelo. Claro que hoje em dia, principalmente aqui no Brasil, essa divisão não é feita tão a ferro e fogo, porém ainda há coisas curiosas sobre o macarrão que ninguém sabe, ou entende de forma errada. Muitos acham, por exemplo, que o macarrão engorda, ou faz mal.
O macarrão é composto de 11% de proteína, é rico em vitaminas do complexo B e pode variar entre o comum, feito de farinha de trigo e água; de sêmola, feito com trigo nobre (tipo I); com ovos; grano duro, feito com trigo durum, integral; com vegetais e até caseiro, como muitos preferem. Hoje em dia, há ainda opções sem glúten. Os formatos variam em todos eles, como o fusili, o penne, o espaguete, o ravióli, etc. Mas se tem algo que eles compartilham é que, ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, o macarrão não engorda. Ele é uma fonte de energia e pobre em gorduras, além de ter zero de gorduras trans.
Já foi comprovado cientificamente que massas podem e devem constar em refeições diárias. O macarrão brasileiro é muito bem conceituado, inclusive entre os italianos, que são os que mais entendem do assunto, de acordo com a cultura popular. Entretanto, engana-se quem pensa que a iguaria foi inventada na Itália. Reza a lenda que o explorador italiano Marco Polo trouxe o macarrão da China para a Itália, durante o século XII. Porém, apesar de essa ser a mais famosa história sobre o macarrão, hoje se sabe que ele chegou à Europa muito antes, com os árabes, que já consumiam o spaghetti.
Outra lenda atribui aos próprios árabes a invenção da massa, que eles chamavam de itrjia, um tipo de spaghetti seco. O caso é que no fim de contas pesquisas do Instituto de Geologia e Geofísica da Academia de Ciências de Beijing, sob o comando do Prof. Houyuan Lu, comprovaram em escavações na Laija, província Qinghai, no noroeste da China, que já havia um precursor do spaghetti que data do período Neolítico, e era consumido pelo povo que viria a ser o chinês.
O achado mostra o macarrão dentro de uma vasilha virada de cabeça para baixo, soterrada por desastres naturais, três metros abaixo da superfície. Isso quer dizer que os árabes apenas levaram o macarrão para a Itália, muito antes de Marco Polo pensar em visitar a China e levar a iguaria pela Rota da Seda. Apesar disso, foi na Itália que ele atingiu seu ápice no preparo e ganhou maior popularidade.
Grande parte da fama da Itália ligada ao macarrão é justamente o fato de este ter sido um país que teve muitos imigrantes saindo para o mundo todo. Foi assim que ele chegou ao Brasil, por exemplo. Basicamente, as comunidades de imigrantes que se instalaram no sul e sudeste do Brasil são as responsáveis pela difusão dessa obra prima gastronômica por todo o nosso território. Não é a toa que por aqui produzimos o melhor e mais famoso macarrão do mundo (de fora da Itália), que é aprovado inclusive pela comunidade italiana.
O macarrão é um alimento tão gostoso que desperta a curiosidade. Por ele, existem pesquisas científicas que fogem do teor nutricional e partem para a arqueologia. Sua história é permeada por lendas e contos que vão de migrações dos árabes, ao fim das Cruzadas, até a trilha pela Rota da Seda de Marco Polo. E a ficção se mistura com a história nas viagens pelo mundo, deixando a Europa e a Ásia para alcançar o globo em grandes navios de metal, no fim do século XVIII. O macarrão é um alimento saudável, interessante e acima de tudo, muito saboroso. Que tal ele como sugestão de almoço para comemorar esse 25 de outubro?

(*) É CEO da franqueadora Let’sWok.

Ilustração: www.1001consejos.com