sexta-feira, 21 de novembro de 2025

É possível fazer acontecer? Zeppo diz que sim.

 


Empreender: o #FazerAcontecer além de um CNPJ

Por Marcio Zeppelini (*)

No mundo atual, em que a velocidade das transformações dita o ritmo, “empreender” deixou de ser sinônimo de abrir uma empresa. A palavra ganhou densidade. Empreender não é privilégio de poucos nem se resume a um CNPJ ou a um balanço no fim do mês. É, sobretudo, uma atitude: a disposição de construir, inovar e transformar.

Jean Cocteau resumiu essa postura ao afirmar: “Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez.” A frase encapsula o espírito do #FazerAcontecer — identificar um problema, uma necessidade ou um vazio e ter a iniciativa de buscar uma solução. Empreender é colocar energia, tempo e propósito na criação de algo que gere impacto positivo.

Sim, você pode empreender ao fundar uma startup capaz de remodelar um setor. Mas também empreende a mãe que organiza a festa do filho, o voluntário que se dedica a uma causa social, o grupo que revitaliza uma praça ou o profissional que, dentro de uma grande empresa, propõe uma nova metodologia de trabalho. Empreendimento é tudo aquilo que se constrói passo a passo, com intenção e dedicação. É realização na forma mais concreta.

Empreendedorismo e sociedade: a inquietude que move o mundo

Na essência, empreender é entregar valor. É olhar para a sociedade e se perguntar: “Como posso melhorar isso? Como posso provocar uma mudança real?” Muitas vezes surge a dúvida: “Se tenho propósito social, posso ter lucro?” Pode — e deve. Propósito e sustentabilidade financeira não se anulam; quando caminham juntos, fortalecem o impacto.

Construir um negócio que gera receita e, ao mesmo tempo, benefícios sociais é plenamente possível. O ganho financeiro torna-se consequência de um trabalho bem-feito, guiado por propósito. Ele não deveria ser o único motivo da ação, mas um dos resultados naturais de uma entrega consistente.

O Setor 2.5: onde propósito e modelo de negócio convergem

Avança no Brasil o debate sobre negócios de impacto, as organizações do chamado “setor dois e meio”. São iniciativas que nascem com o objetivo de resolver questões sociais ou ambientais, como moradia, educação, saúde ou inclusão digital.

A diferença está no modelo: esses negócios são financeiramente sustentáveis. Geram receita, pagam seus custos e reinvestem o lucro na ampliação do impacto. O investidor pode recuperar seu capital, mas o foco principal é o avanço da causa. O sucesso é mensurado não só pelo faturamento, mas pela transformação gerada na vida das pessoas e nos territórios.

É a materialização de um sonho coletivo — um caminho em que #Inspiração e #Atitude realmente conseguem #FazerAcontecer.

Por onde começar?

Se a vontade de construir algo existe, mas o caminho ainda parece nebuloso, tudo bem. Empreender é uma jornada de persistência. O Brasil segue como um dos países mais empreendedores do mundo, o que evidencia que essa inquietude faz parte da nossa cultura. Alguns pontos de partida:

Problemas e oportunidades: onde o incômodo vira ação

Observe seu entorno. Quais problemas te incomodam? O que poderia ser melhor? Muitas soluções nasceram justamente da insatisfação — de aplicativos de entrega a serviços digitais que simplificaram rotinas. A “incomodação” é semente para inovação.

Segmento de atuação: defina onde quer estar

Entre tantas causas e setores possíveis, qual realmente conversa com você? Educação, sustentabilidade, finanças, saúde, moradia? Foco é fundamental.

Público-alvo: quem você quer impactar?

Compreender profundamente quem vivencia o problema é condição básica. Sonhos, dores, hábitos, barreiras — tudo isso importa. Sem conexão com o público, a melhor ideia não se sustenta.

Concorrência: aprender com quem já atua

Identifique quem já está no mesmo campo. Não para copiar, mas para entender. Analisar boas práticas, lacunas e oportunidades é parte do processo de construção de valor.

Necessidades: recursos tangíveis e intangíveis

Defina o que será necessário — produtos, serviços, equipamentos, investimentos. Mas não subestime os recursos intangíveis: habilidades, rede de contatos, criatividade, tempo, persistência. Eles são, muitas vezes, tão relevantes quanto capital.

Validação: testar, aprender e ajustar

Ideias brilham na cabeça, mas precisam enfrentar a realidade. Testes, conversas, protótipos e pesquisas trazem respostas. Ajustes fazem parte da jornada. Feito é melhor que perfeito.

Capacitação e informação: conhecimento como propulsor

Busque formação e referências qualificadas. Aprendizado constante é combustível para a evolução. Sebrae e Instituto Filantropia, por exemplo, são bons pontos de partida.

Networking: o valor das conexões

Relacionamentos movem negócios. Criar vínculos, trocar experiências e formar parcerias estratégicas acelera trajetórias. Ser genuíno e oferecer antes de pedir abre caminhos que o talento sozinho não abre.

Plano de negócio: direção e clareza

Com as informações organizadas, coloque o plano no papel. Defina metas, objetivos e indicadores. A metodologia SMART (Específico, Mensurável, Atingível, Relevante e Temporal) ajuda a dar firmeza ao caminho e mapear riscos é essencial para executar com confiança.

Formalização: estrutura para crescer

Quando o projeto evolui, formalizar o negócio, mesmo como Microempreendedor Individual (MEI), amplia credibilidade, permite emissão de nota e abre acesso a fornecedores e oportunidades.

A magia está em você

Empreender é um ciclo contínuo de sonhar, planejar, executar e aprender. É aceitar erros, insistir, improvisar e avançar. Não espere condições ideais: comece com o que tem. Não se limite ao visível: explore o que ainda não existe. Não mire o mínimo: busque impacto.

A magia do #FazerAcontecer não está em técnicas mirabolantes, mas na capacidade humana de transformar inspiração em realização. O convite é simples: levante a cabeça, deixe para trás o que não serve mais, abra espaço para novas ideias e siga. O movimento é essencial.

(*) é conhecido como ZEPPA, é empresário, empreendedor social e palestrante. Autor de “A Magia de #FazerAcontecer”. CEO da Rede Filantropia, diretor-executivo da Zeppelini Publishers e CMO da G&F Projetos de Impacto. Mais em: www.zeppa.com.br.