DA SEMENTE À TECNOLOGIA: A REVOLUÇÃO DIGITAL NO CAMP
Matheus Ganem (*)
Em
meio ao cenário econômico do Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária
revelou um importante ranking: os 100 municípios mais ricos do agronegócio
nacional, com base em dados das lavouras. E a pergunta é: o que existe por trás
desses números?
As
cidades listadas, estrategicamente posicionadas em terras férteis e com acesso
a infraestrutura, não apenas exemplificam a força do setor agrícola, mas também
sua inovação contínua. Elas também são o reflexo de uma indústria que, ao longo
dos anos, tem investido fortemente em tecnologia, pesquisa e práticas
sustentáveis, solidificando o Brasil como um dos maiores produtores agrícolas
do mundo. Dentro desse cenário, a digitalização das fazendas emerge como um
fator crucial para a evolução e avanço do agro nas cidades mais prósperas.
A performance elevada frequentemente caminha lado a lado com a digitalização. Fazendas modernizadas têm revelado avanços significativos em produtividade, gestão e decisões estratégicas - uma verdadeira revolução digital. Propriedades que adotaram essa abordagem, além da tecnologia aplicada diretamente no campo, observaram melhorias significativas não só na produtividade, mas também na gestão e tomada de decisões. Assim, tornam-se capazes de coletar, analisar e agir com base em dados em tempo real, otimizando seus processos e garantindo um retorno sobre o investimento.
A
digitalização das fazendas tem emergido não apenas como uma tendência, mas como
uma verdadeira revolução para o avanço e evolução do agro no Brasil. Em um
cenário globalizado e competitivo, a inovação tecnológica no campo transcende a
mera aquisição de maquinários avançados. Ela se estende a uma gestão mais
estratégica, eficiente e integrada das atividades rurais. Na análise feita pelo
Ministério da Agricultura, as cidades com melhor desempenho têm elevado muito
os níveis de tecnologia e de produtividade. Esse avanço tecnológico também vem
sendo evidenciado pelo crescimento e consolidação de empresas no setor.
Todas
essas localidades citadas desempenham um papel fundamental na produção de
algodão, milho e soja no Brasil, e os números não mentem: existem recordes não
somente em produção, mas também em valores reais. Estamos falando de uma
produção total de 263,8 milhões de toneladas, abrangendo uma área de 90,4
milhões de hectares.
E o questionamento que fica é: como um dos setores mais importantes da economia e com potencial imenso de crescimento, o que estamos fazendo para alavancá-lo ainda mais? Para mim, a resposta está realmente na tecnologia. Acredito que a crescente demanda por soluções digitais no campo e a integração de programas para a gestão diária das fazendas com ferramentas de monitoramento refletem o compromisso em equipar os agricultores com o melhor desse mundo. Hoje, isso tudo é um grande aliado na poderosa missão de garantir a sustentabilidade e competitividade do setor no Brasil e é preciso entender que a digitalização do ecossistema agro não é uma mera tendência, mas sim uma necessidade imperativa.
(*)
É CEO e cofundador da Seedz, startup brasileira. Formado em Engenharia Ambiental pela FUMEC,
com experiência no mercado ambiental e agrícola e é também cofundador da
Ecobonuz, empresa de programa de fidelidade para quem utiliza transporte
público.
Ilustração: ESSS.
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