A
automatização e o futuro das profissões
A inteligência artificial (IA) e os avanços tecnológicos trouxeram diversas discussões a respeito do futuro das profissões e da maneira como as empresas realizarão suas atividades no futuro. Em meio às divergências criadas a respeito do tema, a automatização de processos surge como um cenário de mudança que demandará a requalificação de diversos segmentos e trará diversas alternativas para a forma que executamos as atividades.
No
Fórum Mundial de Davos, em 2016, foi alertado sobre uma nova transformação estrutural
que está em andamento na economia mundial. Essas mudanças apontaram para uma
‘Quarta Revolução’, a digital, gerando uma fusão de tecnologias. Essa nova
revolução traria impactos nos modelos e formas de fazer negócios e no mercado
de trabalho, afetando todos os setores da economia e acarretando em mudanças,
inclusive com trabalhos intelectuais mais repetitivos substituídos pela
robotização.
A
partir disso, o Fórum Econômico Mundial vem estudando o assunto e publicou o
“The Future of Employment: How susceptible are Jobs to Computerisation?”. À
medida que os avanços nas tecnologias de Machine Learning e robótica avançarem,
será inevitável a substituição de funções hoje ocupadas por humanos.
Mesmo
com toda a insegurança causada por essa evolução, hoje sabemos que a tecnologia
vem para melhorar e potencializar processos mecânicos que antes dependiam
exclusivamente do ser humano e não substituí-los. A economia de tempo e
otimização dos processos é o grande trunfo da automatização e partem como
grandes aliados, transformando todo o processo em ganhos para o segmento.
Em
geral, o avanço da IA está diretamente relacionado ao seu potencial de promoção
de ganhos econômicos. Segundo um levantamento da McKinsey, de novembro de 2019,
63% das empresas relataram algum ganho econômico com a aplicação de IA. Esses
efeitos foram sentidos nas áreas de marketing e vendas, desenvolvimento de
produto e cadeia produtiva. Uma redução de custos também foi notada na
manufatura e recursos humanos. Dentre os setores empresariais com maior
incorporação de inteligência artificial em seus procedimentos, foram destacados
os de alta tecnologia (78%), automotivo (76%), telecomunicações (72%),
transporte e viagens (64%) e finanças (62%).
A
transformação tecnológica não é um fenômeno novo, mas sim uma realidade que
sempre desafiou os trabalhadores. É fato que todas as profissões serão
transformadas, porém, mais do que isso, o mercado passará por um ritmo de
inovação cada vez mais acelerado e quem não conseguir acompanhar vai ficar,
inevitavelmente, para trás. Assim como o famoso Life Long Learning, ou
“aprendizado contínuo”, que tem o propósito de se manter em dia com as novas
ferramentas de trabalho e tendências se destacando no mercado.
Em
suma, a automatização de processos e a implantação de ferramentas
digitalizadoras são o presente e o futuro, cabe às empresas compreenderem que
essas não são apenas possibilidades, mas sim necessidades para que possam se
manter à frente em seus mercados. Acompanhar tendências gera ganhos em
eficiência e produtividade, a partir dessas inovações, são formadas empresas
mais sólidas, competitivas e disruptivas.
(*)
CEO e co-founder do Nimbly
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